Adoção de Gatos - Fortaleza

Este blog é destinado a incentivar a adoção de Gatos no Parque da Liberdade e na Praça do Pajeú, ambos no centro de Fortaleza-CE. Um grupo de voluntários alimenta e cuida dos bichanos e procura acompanhar a doação dos mesmos. Eu, Letícia, estou aos poucos fotografando cada gato, que será catalogado neste blog. Caso o leitor tenha interesse em algum, entrar em contato comigo pelo telefone (85) 96314659 ou deixando um comentário com seu telefone. Todos os gatos adotados terão castração a baixo custo garantida.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Porque eu castro?

Pois bom. Já vi gente que se posiciona contra a castração de animais. Pois eu sou uma pessoa que não é a favor da castração de animais. Nem contra.

Vou falar sobre gatos mas isto se aplica a outros animais domésticos, como por exemplo os cachorros.

O que acontece? Acontece que qualquer um que fizer uma análise sobre a situação atual vai perceber algumas coisas:

  • Há muitos gatos na rua hoje em dia.
  • A maioria destes gatos morre diariamente (ou por fome, ou por doença, ou por envenenamento acidental ou criminoso, ou por sofrer violência, ou de depressão mesmo).
  • Se os gatos morrem, a tendência é que eles busquem a reprodução cada vez mais.
  • Quanto mais filhotes nascem em uma "ninhada", menos vão chegar à idade adulta.
  • Ta faltando lugar pra enterrar gatos.

Esta lista está longe de ser completa. Há outros motivos racionais para acreditar que a castração é um ato de amor.

A maioria das pessoas que eu conheci resolveram castrar os gatos simplesmente para eles ficarem em casa, não correrem rua para serem atropelados, não atraírem outros gatos da vizinhança, não saírem de casa para brigar, etc. Mas isso só é conveniente para o ser humano. O gato não tem benefício nenhum com a castração se resumirmos nestes termos.

Tem mais: Vamos supor que eu tenha uma gata e não faça a castração. Ela VAI engravidar (a menos que eu consiga trancar a gata e deixar ela enlouquecer até a morte) e provavelmente vai ter os filhotes no ambiente onde eu vivo. Os filhotes que conseguirem ficar adultos vão seguir o instinto e também vão fazer novos filhotes. Pelo que eu tenho notado aqui em casa a proporção média é que sobrevivem 8 de 10 fêmeas e 1 de 10 machos, portanto a chance de mais gatas engravidarem e trazerem mais filhotes para a casa é alta. A informação oficial se eu não me engano é que a gata entra no cio de 6 em 6 meses. Isso há milhares de anos atrás, provavelmente. A experiência que eu tenho é que quando os filhotes começam a comer ração (isso leva de um a três meses), a gata já está verificando a possibilidade de criar novos filhotes. Portanto em menos de um ano provavelmente a minha gata vai virar umas 20, afinal a progressão é geométrica.

Quantas pessoas que adotam UMA gata estão dispostas a cuidar de 20? (Isso no primeiro ano, no segundo vai ter mais de 60). Mais gatos significa maior taxa de mortalidade e doenças entre os gatos, e menos lugar pra enterrar os que não resistem. E é claro, menos tempo pra dar atenção pra todos os gatos (A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA!).

Existe a possibilidade de uma situação controlada onde as pessoas adotam os gatos e não é necessária a castração, afinal nascem gatos de forma natural e nunca há uma super população. AHAHAHAHA! Só um alienado pra acreditar nesta hipótese. É só tirar a bunda do sofá um pouco e sair na rua pra ver que isso está fora da realidade. A realidade atual é que tem mais gatos na rua (e morrendo, tem que ser mais alienado ainda pra achar que ser gato e morar na rua é bom) do que em lugares seguros. Se alguém for qualificado para retrucar meu argumento sinta-se à vontade (só serão aceitas réplicas de quem for gato e more na rua, sem exceção. Qualquer opinião não qualificada será descartada e ridicularizada sem direito a tréplica).

Existem razões para acreditar que a castração é um ato de amor. Mas essa é a minha opinião. Não tem como eu explicar isso aqui com palavras pois estas razões só são corroboradas com a experiência e a visualização. Só vai entender quem pesquisar por si mesmo, não aceite minhas conclusões como soberanas.

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